terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Natal2

Fios brilhantes

O Natal já vinha perto
E, em casa, que confusão,
Toda a gente atarefada
Com a vassoura na mão.

E as aranhas, perseguidas,
Fugiam a oito patas.
E iam esconder-se no sótão,
Com os ratos e as baratas.

Lá em cima, muito triste,
Lamentavam o seu mal:
-Ai, se ao menos nos deixassem
Ver a árvore de Natal!

Mas menino Jesus
Mandou-lhe este recado,
Por uma estrela que brilhava
Entre as frestas do telhado:

“Quando a gente desta casa
Estiver toda deitada,
Aranhas, tendes licença
De ir ver a árvore enfeitada.”

As aranhas, uma a uma,
Saíram lá do seu canto.
E foram ver o pinheiro
Que estava mesmo um encanto.

Mas, ao andarem pelos ramos,
As pobres aranhas feias
Deixavam atrás de si
Os fios cinzentos das teias!

O Deus menino, porém,
Estendeu a sua mão bendita,
Transformando em fios de prata
Os sinais dessa visita.

Dizem que foi desde então
Que se tornou habitual
Enfeitar com fios brilhantes
As árvore de Natal.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu gostei muito deste poema e ao lê-lo aprendi uma coisa nova. Obrigada