quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Mar Português


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa, in Mensagem

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Como se faz uma rima?

Eu respondo: casando sons iguais,
juntando ar com luar,
ágil com frágil, vento com pensamento,
magia com alegria. E digo mais:
nem sempre é preciso rimar;
pode acontecer que o verso
seja livre de dizer
o que lhe vai na cabeça…

José Jorge Letria

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Senhor Vento

Senhor Vento, bate à porta?
Senhor Vento, pode entrar?
O senhor vem de tão longe
Há-de trazer que contar.

O senhor viu outras terras?
Viu palmeiras? Viu o mar?
Quantas torres de castelo
Viu antes de cá chegar?

Vá-se embora, senhor Vento!
Tem navios a esperar.
Ajude-me adormecer.
Volte quando eu acordar!

Maria Eulália de Macedo

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

A chuva


Cai a chuva, ploc, ploc
corre a chuva ploc, ploc
como um cavalo a galope.

Enche a rua, plás, plás
esconde a lua, plás, plás
e leva as folhas atrás.

Risca os vidros, truz, truz
molha os gatos, truz, truz
e até apaga a luz.

Parte as flores, plim, plim
maça a gente plim, plim
parece não ter mais fim
Luisa Ducla Soares

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Balada da neve


Batem leve levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente,
E a chuva não bate assim...

É talvez a ventania...
Mas há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho...

Quem bate assim levemente,
Com tão estranha leveza,
Não se ouve, não se sente,
Não é chuva, não é gente,
Nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
Do azul cinzento do céu,
Branca e leve , branca e fria...
Há quando tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho atrás da vidraça...
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente, e, quando passa,
os passos imprime e traça
Na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
–e cai no meu coração.

Augusto Gil (1873-1929) - Luar de Janeiro

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

As medidas de comprimento


Durante alguns dias andámos a falar das medidas de comprimento. Os meninos do 3.º ano construiram um metro articulado. Andámos a medir muitas coisas: o quadro, a mesa, o muro do pátio, a cantina, a sala... e depois em casa medimos cinco objectos. Alguns mediram as camas, as janelas, os microondas, foi uma bela colecção de medidas. Quando chegámos à escola descobrimos os perímetros dos objetos que tinhamos medido.
Aprendemos que para saber o perímetro de um rectângulo temos que saber a sua largura e o seu comprimetro.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

O Alexandre

Ontem foi a chegada do Alexandre à nossa escola, ele veio das Arreciadas e ficou na nossa sala porque é do 3.º ano. Nós tentámos recebê-lo com amizade, esperamos que ele goste da sua nova escola.
Agora passámos a ser três rapazes no 3.º ano.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O Segredo do rio "resumo"

Como a MJoão pediu nós fizemos. Cá está o resumo de "O segredo do rio". Também mostramos as imagens porque são muito bonitas.





Era uma vez um rapaz que vivia numa casa branca. À volta da casa havia duas árvores, uma nogueira e um castanheiro. O rapaz no Verão ia para o rio que ficava perto de casa.









O menino gostava tanto de estar ao pé do rio que à noite se deitava na areia a ver as estrelas.






Um dia o rapaz foi dar um passeio pelo rio, ouviu um barulho e ficou cheio de medo quando viu que era uma carpa. Ela falava e depois pergunto-lhe:
- Olá, tu vives aqui?
- Vi-vi-vo. respondeu o rapaz atrapalhado.





Depois eles falaram um com o outro :
- Como é que falas a língua das pessoas? perguntou o menino.
O peixe respondeu:
-Eu tive um dono que falava muitas vezes comigo, ele dava-me muita comida. Eu fui crescendo e já não cabia no aquário onde ele me pôs por isso tive de me ir embora.






No Verão o peixe perguntou-lhe:
-Queres dar uns mergulhos no rio?
Sim, apetecia-me mesmo ir, sabes sempre tudo o que eu quero!
E durante todo o Verão mergulharam e divertiram-se no rio.







Chegou o Inverno e só havia sol, nem uma gota de chuva. As culturas precisavam de chuva para crescer e as árvores para darem frutos.
Uma noite o menino saiu da cama para ir beber água e ouviu uma conversa dos pais.
A mãe do menino dizia que tinha visto um peixe grande no rio e mandou o pai do menino ir pescar aquele peixe.






O menino foi contar tudo a carpa e disse-lhe:
-É melhor ires-te embora.
-Até algum dia. disseram um ao outro a chorar.









Finalmente, um dia, a carpa voltou com muitas latas de comida para a família do menino.
O menino abraçou a sua amiga e ficaram os dois muito felizes novamente.









A carpa contou como conseguiu trazer a comida:
- Não teria conseguido sem a ajuda de duas raposas, ajudaram-me a puxar a rede com todas as latas de um pequeno barco de marinheiros, eu fiz isto por ti.










O menino colocou esta placa perto do rio.









segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

O segredo do rio "opiniões"

Eu já ouvi a história do “ Segredo do rio” eu adorei a história era muita bonita, tinha muita imaginação e gostei muito da amizade deles, os dois lutaram pela amizade e isso é muito bonito.
Se eu tivesse uma amiga assim dormíamos juntas, brincávamos juntas, íamos para a escola juntas, era como se ela fosse minha irmã gémea. Ana

Eu já ouvi a história "O Segredo do Rio e gostei muito da história. E se eu tivesse um amigo assim nós jogávamos à bola, jogávamos computador, íamos ao café do meu tio, íamos ao futebol, e jogávamos PSP. Eduardo

Eu achei a história muita bonita e comprida. A amizade do menino e do peixe parecia que eram muito amigos. Eu também gostava de ter um amigo assim.
Se fosse eu e o peixe fazíamos festas convidávamos toda a gente até o gafanhoto.
Eu também lhe oferecia muita coisa porque ele se calhar seria o meu melhor amigo.
Eu e ele também íamos à água nadar e também passear. Diana

Se eu tivesse um amigo peixe eu ia com ele andar de bicicleta e passear pelo meu campo e pela horta do meu avô e baloiçar nas árvores da horta do meu avô e ir ver o poço e pegar nos coelhinhos pequenos e dar comer a eles quatro.Cátia

Eu já ouvi a história e gostei muito, se eu estivesse um amigo assim fazia muitas coisas com ele, jogávamos à apanhada, faziamos corridas, conversávamos, jogávamos à bola e imaginávamos muitas coisas os dois.
Dava-lhe muita comida. Brincávamos todos os dias.
Mas ás vezes o peixe ia buscar comida para mim e para a minha família. Diogo

Eu já ouvi o segredo do rio e gostei muito.
Se eu tivesse um amigo peixe nós brincávamos, dormiamos juntos e saíamos para o café e para mais lugares. Os dois íamos chamar mais meninos para brincarem connosco, a seguir íamos tomar banho e íamos para a mesa comer e lavar os dentes e a seguir íamos para a cama, ver a televisão e dormir. Raquel

Eu ia com ele a voar como se fossemos fadas, também ia com ele ao café sempre como se fossemos fadas, porque ele anda na água e depois já podia andar e voar. Rute

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

O segredo do rio

Durante alguns dias andámos a ler o livro "O segredo do rio" de Miguel Sousa Tavares. Conforme iamos lendo fomos fazendo desenhos no Paint. Aqui ficam alguns, esperemos que gostem.













quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

2007

No ano de 2007 nós gostavamos que/de:

de ter mais amigos, mais animais, mais roupa para mim e para os meus irmãos e mais brinquedos. Que toda agente fosse feliz e não hovesse acidentes. Ana

de passar para o quinto ano. Para o mundo queria que todas as pessoas tivessem comida. Raquel

de ser amiga das pessoas e que as pessoas sejam minhas amigas, quero tirar boas notas na escola, quero que não haja acidentes. Feliz Ano 2007. Rute

que todos fossem ricos, todos tivessem uma casa com tudo, por exemplo, piscina, comida, animais e muitos mais coisas. Diana

que todas as pessoas andassem com cuidado na estrada, com muito cuidado. Feliz Ano Novo.Cátia

que não houvesse acidentes, que as pessoas vivessem em paz, ninguém morresse, não houvesse maldades, queria jogar à bola nos dragões de Alferrarede, queria brincar com o meu carro telecomandado, jogar consola e jogar na PSP do Eduardo. Diogo

que as pessoas tivessem saúde e que morressem menos pessoas e que todos sejam felizes. Eduardo