segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Epílogo



Obrigado à Diana pelo vídeo
Na passada sexta-feira, a nossa escola foi “extinta”.
Sem mais…
Sem outra justificação que não fosse a necessidade de povoar um grande edifício esterilizado e vedado ao qual ninguém tem a coragem de chamar Escola, mas apenas “centro escolar”.
O que saberão os políticos, os gestores, os consultores… sobre aquilo que realmente representa uma Escola para as crianças que nela vivem e para a comunidade que a acarinha?
Pouco. Provavelmente, nada…
Mas decidem. Decidem sobre o nosso futuro, o nosso bem-estar, a nossa felicidade, os nossos desejos… com a indiferença e leviandade de quem sopra a poeira da mesa.
Decidem porque sim. E alguém providenciará o cenário propício à realização das suas decisões. Como se os seus desejos representassem aquilo que afinal todos nós desejavamos, sem o saber…

E o que quiseram eles saber sobre os nossos desejos, a nossa felicidade, os nossos sonhos?
Pouco. Provavelmente nada.
António Tomás


5 comentários:

Pedro Dias disse...

é triste!

Diana disse...

Quando os filhos e netos desses políticos, gestores e consultores lhes perguntarem o que é que fizeram pelo seu futuro, eles responderão orgulhosos que fecharam escolas e constuíram centros escolares.
Quando os filhos e netos desses políticos, gestores e consultores os abandonarem na velhice e estes perguntarem o que fizeram para merecer tal coisa, os filhos e netos responderão: "fecharam escolas e construiram centros escolares, pois então".

Américo Pereira disse...

Partilho porque também sinto uma grande mágoa com a decisão agora tomada. Para mim a Comunidade Escolar de São Facundo, a relação das populações locais com a escola e o seu empenhamento e interação na promoção de um ensino profícuo, sempre ...foram um exemplo a seguir.
Tomara nós, que muitos dos Centros Escolares conseguissem algum dia oferecer um ensino tão integrado, estimulante e motivador, como a Escola de São Facundo sempre o conseguiu.
Deixo aqui um abraço sentido a todos os que de algum modo, futuramente serão afetados por esta decisão economicista.

Sandra Vicente disse...

É com muita tristeza que vejo a decisão a que chegou a nossa Câmara Municipal.Foi nesta ESCOLA que eu aprendi a ler,escrever,contar,fiz muitos amigos e fui tão feliz.Foi nesta escola que o meu filho e outras crianças seguiram os meus passos e é com muita mágoa minha que a minha filha não o vai fazer.Mas eu vou fazer tudo o que poder para que a nossa escola não feche.Juntos vamos vencer.

Blandina disse...

O dia chegou puro e triste os olhares falavam num silêncio onde as palavras tinham todas um nome a nossa escola se fechava sobre uma politica, politica essa chamada maria do céu, que de céu se tornou um inferno parado nos olhares triste assistirem á morte de um edifício que está em condições de estar aberto. Para atrás fica uma vida, remexida desabaladamente numa leveza, estrangulada entre dedos. Deiem um passo de cada vez e atinjem um ideal: essa é a forma de descobrir o que, de fato, é a realização. Encarem os erros passados como uma grande lição de vida. Deixem para trás o dia de ontem com todos os seus problemas, preocupações e dúvidas. Compreendam que não pode mudar o que passou, mas bem à sua frente está o futuro e podem fazer alguma coisa por ele. Enfrentem até o impossível de peito aberto, mesmo que algumas pessoas pensem que não vencerám. Lembrem-se de que a história do mundo está cheia de inacreditáveis realizações daqueles que foram suficientemente tolos para acreditar. Jamais abandonem os seus sonhos. Eles são uma parte muito essencial de vocês. Façam o que puderem para torná-los realidade pelos caminhos que percorrem, pelos planos que traçam e em todas as coisas que fazem. Não se esqueçam de que há em você coisas maravilhosas, raras e únicas. Quando brutarem um sorriso de dentro de vocês , lembrem-se de que ele sempre será um reflexo da maneira como as pessoas se sentem em relação a você. Nunca tentem realizar tudo de uma vez só. A vida pode ser difícil o suficiente sem que se somem frustrações à sua lista. Todas estas palavras é só para dizer que estou com vocês ao contrário do que algumas pessoas da vossa terra pensam, ao preferirem-me palavras menos agradáveis e a olharem-me de lado como se eu fosse culpada de vocês terem ido para a minha terra.Contudo posso dizer força e continuem a lutar pelos voços ideais.Tudo isto pra vosses mas também para o professor Tomás e professora Sónia. Sou a blandina, sou de Bemposta e trabalho no centro de dia da vossa terra.BEIJOS